terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Princesa de Bola























por Flavio Lisa





 DEMOCRACIA FUTMESIANA

  
Por mais que um esporte caminhe para a elitização, seja pelo alto custo do seu material, seja pelos locais de prática, custos com viagens, transporte, alimentação etc. Haverá sempre o fator “TALENTO”, aquele atributo que não se compra, não se fabrica e não se inventa. O Talento é por excelência um dom natural, não tem cor, raça, crença ou classe social. Ele não é herdado e muito menos dado, emprestado, transferido. O talento simplesmente nasce com o indivíduo e se muito bem trabalhado e aproveitado quase sempre redunda no surgimento de grandes campeões e estrelas do esporte.

Inobstante toda a evolução tecnológica e financeira o esporte sempre trará a marca da democracia reservando espaço para todos.

Nove anos antes de cair na Segunda Guerra, Hitler foi derrotado não por um exército, mas por um atleta, Jesse Owens. Foi no dia 3 de agosto de 1936, 78 anos atrás, que o atleta americano venceu os 100 metros rasos dos Jogos Olímpicos de Berlim. Aqueles foram, possivelmente, os 100 metros mais importantes já percorridos pelo homem. A reação de Hitler ao sucesso de Jesse Owens é das mais emblemáticas imagens da história olímpica. Mais que isso: é das mais importantes imagens da humanidade.  

No início da década de 80 surgiu no Corinthians um movimento liderado pelo Dr. Sócrates que ficou conhecido e eternizado como “Democracia Corinthiana”, quando foi instituído um sistema de autogestão, em que jogadores, funcionários, comissão técnica e diretoria deliberavam sobre as mais variadas pautas - como contratações, demissões e escalação - com base em votações. Um aspecto importante era que todos os votos tinham peso igual.
Embora o mercado de botões esteja aquecido com alta de preços e as competições sejam realizadas em salões de bons hotéis, podemos afirmar que a Democracia também impera no Futmesa. Temos times e matérias com preços acessíveis também aos menos abastados e opções de hospedagens mais em conta nas proximidades do evento.

O fato é que na mesa não tem Dr., Autoridade, Empresário, Juiz, Padre, Pastor, Milionário, Cientista, professor, Estudante, Empregado, Desempregado etc.

Na mesa vale o dom, a arte, o treino, o competidor, enfim, a mesa é um tablado de 2,20m x 1,60m, onde todos são absolutamente iguais, não tem raças, crenças ou classes sociais e sim vitoriosos e derrotados, desportistas.

Precisamos sim estabelecer metas e políticas de inclusão das classes menos favorecidas no nosso esporte o que nos trará belos frutos e “rendimentos”, para fazermos crescer cada vez mais o futmesa.

Há muitos potenciais em estado bruto prontos para serem lapidados.

A gestão da CBFM nunca esteve tão democrática e precisamos aproveitar essa onda, só depende de nós.

VIVA A DEMOCRACIA!

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Amanhã teremos:


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