por Flavio Lisa
DEMOCRACIA FUTMESIANA
Por mais que um esporte
caminhe para a elitização, seja pelo alto custo do seu material, seja pelos
locais de prática, custos com viagens, transporte, alimentação etc. Haverá
sempre o fator “TALENTO”, aquele atributo que não se compra, não se fabrica e
não se inventa. O Talento é por excelência um dom natural, não tem cor, raça,
crença ou classe social. Ele não é herdado e muito menos dado, emprestado,
transferido. O talento simplesmente nasce com o indivíduo e se muito bem
trabalhado e aproveitado quase sempre redunda no surgimento de grandes campeões
e estrelas do esporte.
Inobstante toda a evolução
tecnológica e financeira o esporte sempre trará a marca da democracia
reservando espaço para todos.
Nove anos antes de cair na
Segunda Guerra, Hitler foi derrotado não por um exército, mas por um atleta,
Jesse Owens. Foi no dia 3 de agosto de 1936, 78 anos atrás, que o atleta
americano venceu os 100 metros rasos dos Jogos Olímpicos de Berlim. Aqueles
foram, possivelmente, os 100 metros mais importantes já percorridos pelo homem.
A reação de Hitler ao sucesso de Jesse Owens é das mais emblemáticas imagens da
história olímpica. Mais que isso: é das mais importantes imagens da humanidade.
No início da década de 80 surgiu no
Corinthians um movimento liderado pelo Dr. Sócrates que ficou conhecido e
eternizado como “Democracia Corinthiana”, quando foi instituído um sistema de autogestão, em que jogadores,
funcionários, comissão técnica e diretoria deliberavam sobre as mais variadas
pautas - como contratações, demissões e escalação - com base em votações. Um
aspecto importante era que todos os votos tinham peso igual.
Embora o
mercado de botões esteja aquecido com alta de preços e as competições sejam
realizadas em salões de bons hotéis, podemos afirmar que a Democracia também
impera no Futmesa. Temos times e matérias com preços acessíveis também aos
menos abastados e opções de hospedagens mais em conta nas proximidades do
evento.
O fato é
que na mesa não tem Dr., Autoridade, Empresário, Juiz, Padre, Pastor,
Milionário, Cientista, professor, Estudante, Empregado, Desempregado etc.
Na mesa
vale o dom, a arte, o treino, o competidor, enfim, a mesa é um tablado de 2,20m
x 1,60m, onde todos são absolutamente iguais, não tem raças, crenças ou classes
sociais e sim vitoriosos e derrotados, desportistas.
Precisamos
sim estabelecer metas e políticas de inclusão das classes menos favorecidas no
nosso esporte o que nos trará belos frutos e “rendimentos”, para fazermos
crescer cada vez mais o futmesa.
Há muitos
potenciais em estado bruto prontos para serem lapidados.
A gestão da
CBFM nunca esteve tão democrática e precisamos aproveitar essa onda, só depende
de nós.
VIVA A
DEMOCRACIA!
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Amanhã teremos:
Meu amigo você foi mais uma vez perfeito nas palavras
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