por Aldemar Neto
Saudações potiguares aos
amigos do Brasil...!!
Bem,
enquanto esperamos o mês de junho para a realização da Copa do Brasil em solo
potiguar vou me atrever a falar de uma coisa que tem feito a diferença no nosso
esporte: a amizade!!
Tem
um trecho de uma música (A amizade, Fundo de quintal) que eu, particularmente,
gosto muito. E gosto não só da letra mas da melodia também!! A amizade, nem
mesmo a força do tempo irá destruir...!!! Isso mesmo!!!
Lembro
bem da primeira vez que saí do estado pra jogar um torneio de futebol de mesa.
Era um outro clima, bem diferente do que vivemos hoje. Certamente as redes
sociais facilitaram bastante, aproximando lugares geograficamente muito
distantes. Mas acho que a maior mudança se deu na mentalidade dos praticantes,
nas gentilezas com as quais somos tratados quando saímos de “casa”, no fair
play cada vez mais presente, nas rodas de conversa, nas mesas dos bares.
Voltando
ao torneio, foi em 1991, em Vitória. Tinha 14 anos e jogava a modalidade livre,
assim como 99% dos potiguares (as exceções eram Carlos Rebouças, Pedro Paulo, o
P4, e Ivo Neto). Foi uma verdadeira aventura. A começar pela viagem
propriamente dita. Fomos de ônibus e era muito chão. Eu, Manoel Romeiro e o
finado Sérgio Polari. O busão enguiçou em São Mateus já no ES, o que atrasou
muito a nossa chegada. Foi praticamente chegar e colocar o time na mesa. Aliás,
a Bahia não é interminável apenas no Futmesa, mas só falta não terminar seu
território. Daquele ano, muitos que hoje ainda jogam. Se a memória não me
trair, lembro dos irmãos Aboudib, Anderson, Sr. Hélio, o “pequeno” Fernando
Miranda(que já se destacava e foi o vice campeão brasileiro). Figueira, César,
Luis Fernando, entre muitos outros que agora não me vêm à cabeça. No Livre, já
naquele ano, praticamente não tinha baianos. O baiano Rocha venceu o Liso e o
carioca Júlio faturou o Livre. Sempre respeitei o futmesa carioca depois que
joguei com Julio.
E a
amizade? De lá pra cá me orgulho demais de ter feito muitos amigos pelo Brasil
afora. A cada encontro ela se renova e se torna mais firme ainda. Encontramos
garotos com idade de ser nossos filhos, jovens que poderiam ser nossos irmãos,
homens da idade dos nossos pais e senhores que caberiam, perfeitamente, como
nossos avôs. Mas não, eles são nossos amigos. Mas nos tratam como se da família
fôssemos. E isso transcende as fronteiras dos estados em algumas situações. Ou
vocês nunca viram alguém do mesmo estado do adversário que vamos enfrentar na
próxima partida chegar e dizer que apesar da origem “vou torcer pra você”? Pode
até ser alguma maneira de torcer contra o conterrâneo, a rivalidade caseira,
mas prefiro pensar que é o mínimo de amizade conquistada pelo “estranho”. Outro
grande orgulho que tenho é a maneira com que a equipe do RN se relaciona entre
si, e mais, o nosso relacionamento com qualquer outra federação. E isso,
obviamente, também acontece entre as
outras federações. Claro que as diferenças sempre vão existir, os lances
duvidosos vão acontecer, mas o respeito sempre deve prevalecer. E isso tem
acontecido. No mais, é esperar a Copa do Brasil e festejarmos, mais uma vez, a nossa amizade. Afinal, a família futmesa é
ou não é a segunda família de cada um?
Aldemar,
ResponderExcluirMuito real seu artigo. Eu milito desde o início, pois tive a felicidade de estar no grupo que "construiu" a Regra Brasileira. Portanto há quase 50 anos no mercado. Já vi meninos se tornarem pais de família e vi seus filhos cresceram no esporte e hoje estarem administrando Associações, carregando seus filhos que seriam a terceira geração. Junto com tudo isso, a saudade enorme daqueles que nos deixaram ao longo da jornada. E são muitos os que deixaram de viajar conosco. Mas, a cada encontro, a cada lembrança, o reviver de emoções maravilhosas. Tenho saudade de seu conterrâneo Wilson Marques, que jogava com o ABC. Dele recebi um pin deste esquadrão potiguar. Jogamos no Brasileiro de Vitória, no ano de 1979. Você conseguiu emocionar com o seu artigo, que com toda a certeza, partiu de recordações que estão guardadas no fundo de seu coração. Obrigado, meu amigo.