por Cicero Santos - SP
O Campeonato Brasileiro 2014 …
Escrevi 6 textos para o Gothe Gol.
No primeiro texto, contei minha experiência no Copa do
Brasil em Cascavel, procurei frisar a importância das mesas para o nosso hobby
e terminei dizendo que queria trabalhar para não deixar
o cavado morrer, organizando torneios
atrativos a ponto de fazer com que nossos amigos queiram participar. Creio que no dia 07 de setembro saberemos se tive sucesso ou não. Mas
já adianto que teremos 20 mesas no campeonato. E que todas serão iguais.
No segundo texto, sonhei com um calendário nacional,
algo ainda distante da nossa realidade e imaginei que, na nossa situação atual,
um torneio de cavados com 76 participantes seria um sucesso. Além disso, propús
um rodízio de sedes que, espero, não caia no esquecimento.
Aqui percebo uma contradição. O Brasileiro em
Livramento terá 103 participantes. Isso vai contra a minha impressão de que
precisamos limitar um pouco o número de vagas, para criar no pessoal aquele
“desejo" de jogar o Brasileiro.
Acredito que não deveria ser uma decisão tomada em
cima da hora. Tanto para não gastar muito com passagens quanto para chegar bem
preparado tecnicamente no campeonato, um pouquinho de planejamento é a melhor
opção.
No terceiro texto, basicamente fiz propaganda de Livramento
(o campeonato vai ser lá, rsrs), procurei criar novos formatos para disputa de
torneios (que, obviamente, não se aplicam ao Brasileiro) e tentei trabalhar o
aspecto da “atratividade”.
De concreto, para o Brasileiro, teremos o Churrasco no
Kamal (o Weber conseguiu deixar a noite de sábado livre para a
confraternização), procuramos criar troféus bonitos (sem exagerar no tamanho)
com o marco da fronteira e transmitiremos o evento na íntegra pela internet.
Como não consegui ainda desenvolver a idéia do app,
teremos uma equipe exclusivamente dedicada a transmissão, com dois câmeras, um
narrador e mais duas pessoas postando fotos e vídeos ininterruptamente no
Facebook. Eles terão dois iPads e estarão conectados na rede WiFi que
disponibilizaremos no local dos jogos. As “mesas centrais”, que são 4, terão
iluminação especial e arquibancada. Em duas mesas teremos câmeras panorâmicas "GoPro".
Foi o que deu pra fazer por enquanto. Não teremos as
estatísticas, mas já estou analisando a lista dos participantes para pautar o
trabalho do Marquinhos, que fará as reportagens. Trata-se, aliás, de um
radialista que também é botonista! E de alto nível. Bi-campeão da Taça RS
(91/92). Fiquei muito feliz por ele ter topado a missão.
Do quarto texto, consegui copiar a idéia da
distribuição de água para os botonistas. E quando chegar em Livramento vou ver
se consigo criar uma conta no Twitter para publicar no telão. Assim, quem não
está lá poderá mandar mensagens para os participantes.
A minha preocupação principal do quinto texto (o pouco
tempo para passeios) não será resolvido ainda. Como temos aquela questão da
contradição entre limitar ou não o número de participantes, com 103, podem
apostar, vai ser corrido! Mas, reitero, pelo menos o Weber conseguiu liberar a
noite de sábado. Tenho certeza de que todos irão gostar do churrasco.
No último texto tentei fazer previsões de como seria
esta edição do Brasileiro. Teremos 15 clubes! Aumentei o número de mesas para
20, permitindo ao Weber um pouco mais de flexibilidade com os horários.
Rio de Janeiro e Santa Catarina estão enviando
delegações enormes! Paraná e São Paulo, tenho certeza, voltarão a crescer nas
próximas edições.
Não tive como viabilizar com a antecedência necessária
a questão do hotel para os melhores nos rankings. A participação do pessoal do
liso, apesar de possível, não se concretizou como eu gostaria (e continuo
achando possível), tanto do pessoal do nordeste quanto os próprios gaúchos.
Esperava o Aldemar, o Vinhas e o Alex … Quem sabe no próximo Fronteirão! Pelo menos
consegui atrair o Gabriel, rsrs …
A idéia de levar os campeões brasileiros foi
descartada por questões de regulamento. Não teria como oferecer as vagas (alô
CBFM, que tal pensarmos nisso?) para todos. Principalmente para aqueles que
hoje estão afastados das mesas (que seriam exatamente o que eu mais gostaria de
atrair).
Quando o Gabriel me pediu para escrever este texto,
imediatamente pensei em reler o que havia escrito há 6 meses. Não por preguiça
muito menos por comodismo. Fiz isso para manter a coerência com as idéias
apresentadas e, confesso, fiquei muito feliz: O Brasileiro de Livramento não
vai ser perfeito, mas conseguimos caminhar na direção que eu havia imaginado.
Para quem voltou a disputar o campeonato Brasileiro em
2009 numa chave com, se não me engano, 22 pessoas em João Pessoa, parece que
encontramos o caminho.
Espero
todos em Livramento!
por Gothe-RS
Se dissesse que tenho saudade dos tempos de Gothe Gol,
não estaria sendo verdadeiro, foram ótimos anos, mas tudo termina e terminar me
fez muito bem. Mas nada contra escrever às vezes e sem compromisso, ainda mais
se isso significa colaborar com um novo espaço sobre botonismo e assim
reencontrar muita gente, a começar pelo bom baiano Gabriel que o editora e
ainda alguns colunistas que passaram pelo GG, como Claudio Pinho do Rio de
Janeiro, Tiago Feliz do Espírito Santo e o Pedro Hallal aqui mesmo do Rio
Grande do Sul.
_
Falando em Pedrinho, já nesta minha nova condição de
apenas leitor, ri bastante de sua declaração na coluna de estreia aqui no Blog,
quando enumerou entre as causas de um Estadual de lisos em Caxias do Sul sem o
público exatamente imaginado (embora muito bom e em ótima competição), o fato
de que teremos já no próximo final de semana o Brasileiro de cavados em
Livramento. Segundo alguns, aqui do sul, seria como optar pela GP2 em
detrimento da F1. Pode? A questão nos remete ao que escrevemos em 2003 no Gothe
Gol, a modalidade tem o seu teto em terras gaúchas por razões sobejamente
listadas, aliás, agora seria fácil fazer tal afirmação que fizemos 11 anos
atrás neste mesmo sentido, pois tão somente se confirmou através das temporadas
que se passaram, basta que os números sejam acessados.
_
E falando de Brasileiro de cavados, Livramento promete
muito sucesso, não só pelo número de inscritos, mas por aquilo que pode
oferecer. Outra de nossas teses sobre o sucesso das competições que acaba por
se mostrar consistente, não basta boas mesas, boa infra, é preciso uma equação
custo/benefício, um lugar que possa oferecer além do torneio, bons motivos para
se viajar e gastar.
_
E já que a pauta é torneios, boas ideias rendem bons
campeonatos, e lá no distante ano de 2008, trouxemos em parceria com o Marcelo
Silva a Copa Gerd Wenzel, só com times alemães. O homenageado abraçou a ideia,
os canais ESPN apoiaram, e chegamos a sétima temporada em 2014 com a
tradicional fila de espera de participantes. Mas o importante é que o evento
terminou dando frutos e outros torneios começaram a acontecer no estilo,
privilegiando um jogador que quer sim ganhar caneco, mas adicionando a isso
bons momentos de confraternização e a ideia de que se divertir deve ficar em
primeiro lugar. Para ingressar na Copa GW, é preciso fazê-lo por convite a
partir de um determinado “espírito”. Ela acontecerá homenageando o amigo e
botonista Valdir Szeckir que já nos deixou, e que participou das duas últimas
edições, a última com o Augsburg, e também os 60 Anos da Alemanha Campeã do
Mundo. Dia 29 de novembro na AFUMEPA em Porto Alegre.
_
A questão do racismo é sempre lamentável, não importa o
contexto. Na prática enquanto as punições não forem pra valer, não teremos a
diminuição dos casos, até porque não é possível extingui-los por legislação,
isso não existe. Inveja, ódio, racismo, conflitos étnicos, opções sexuais,
situações passionais, etc, são todos sentimentos do lado menos recomendável dos
seres humanos, passíveis apenas de uma regulação para o bom convívio social. O
que há dentro das pessoas é de fato incontornável e inalcançável. Dito assim
pode parecer cruel, mas a sociedade tem que agir com rigor nestes casos, única
forma de manter níveis mínimos deste tipo de ocorrência, através do exemplo das
punições. Penso que seria didática a retirada do Grêmio da Copa do Brasil como
punição, foi correta a identificação dos torcedores envolvidos com rapidez por
parte da Direção e a eliminação daqueles que sócios, fazem parte do quadro
social do clube, assim como a suspensão da torcida organizada Geral do Grêmio,
impedida agora de usar seu espaço e símbolos do clube. Sou Conselheiro do
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e sugiro a eliminação das torcidas
organizadas, não só pelo episódio recente, mas pelo histórico de suas confusões
e “negócios”.
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