por Flavio Lisa
Regras do Jogo
No jogo Atlético x São Paulo pela
Copa Libertadores/2013, um lance “inusitado” abriu o placar para o time
mineiro, que acabou vencendo a partida por 2x1.
Por volta dos 12 minutos da primeira etapa, uma jogada terminou com o arremesso lateral para o Galo. Até aí nada de anormal. Entretanto, ninguém marcou Ronaldinho Gaúcho que estava bebendo água com o goleiro Rogério Ceni instantes antes. Resultado: R10 recebeu a bola livre, tocou, gol de Jô.
Por volta dos 12 minutos da primeira etapa, uma jogada terminou com o arremesso lateral para o Galo. Até aí nada de anormal. Entretanto, ninguém marcou Ronaldinho Gaúcho que estava bebendo água com o goleiro Rogério Ceni instantes antes. Resultado: R10 recebeu a bola livre, tocou, gol de Jô.
O que de fato teria acontecido?
Desleixo da defesa São Paulina ou desconhecimento das regras do jogo?
Penso que a falha fora resultante da
ignorância do regulamento. A maioria dos jogadores profissionais não conhece as
regras do esporte que praticam e para não fugir à regra de que o futmesa é
retrato fiel do futebol, reiterados são os casos em que a nossa regra é
“rasgada” país afora, por puro desconhecimento.
Quem nunca testemunhou o momento que
um jogo é paralisado para sanear dúvida resultante de um lance inusitado quando
ambos botonistas começam uma verdadeira pesquisa salão adentro sobre o que a
regra diz?
As respostas?Ah, estas são as mais
variadas possíveis. Tem aqueles que nunca leram aquilo na regra mas respondem
com uma cátedra de PHD, tem os antigos jogadores que um dia leram, mas nem
lembram e respondem para não perderem a pose de experiente; tem os que seguem a
interpretação costumeira por que sempre entenderam assim e tem os que já
interpretaram algumas vezes a seu favor e mantém tal entendimento por pura
conveniência.
E por aí vai a sanha desrespeitosa
da regra do futebol de mesa país afora.
O direito civil pátrio é taxativo
quando diz que a ninguém é licito alegar o desconhecimento da lei.
Nossa regra, em seus 78 artigos,
traz uma gama de previsões de situações fáticas que tem o condão de disciplinar
a prática do futebol de mesa, todavia, a principal característica do nosso
esporte é a imensa quantidade de variáveis na desenvoltura do jogo, o que
somada à velocidade de algumas jogadas, torna por vezes dura a tarefa de
interpretação de lances e aplicação da norma.
Com efeito, clara fica a necessidade
de estudarmos a regra pois a excelência do treinamento em qualquer área da vida
passa pelo amplo conhecimento dos preceitos disciplinadores.
Não cabe mais ser lesado e/ou deixar
de ser justiçado pelo simples desconhecimento do que “está escrito”. Em
direito, quem cala consente.
Não adianta chorar o
desfavorecimento em um lance após o jogo por que você se portou como um
“analfabeto” legal.
Falando-se em regra de futebol de
mesa, podemos classificar atualmente os botonistas como: OS QUE CONHECEM, OS
QUE UM DIA LERAM, OS QUE ACHAM QUE CONHECEM e, por fim, AQUELES QUE NUNCA
LERAM, estes últimos, pasmem os senhores, compõem a maioria.
Portanto, conheçam, leiam e estudem
para não darem mais essas “faltas técnicas” legislativas.
Parabéns pela lucidez.
ResponderExcluirPARABÉNS FLAVIO LISA, EXCELENTE MATÉRIA!! "PRINCESA DE BOLA"
ResponderExcluirMuito bom.
ResponderExcluirExcelente texto Amigo!
ResponderExcluirQuem sabe faz na hora. Parabéns Flávio pela beleza de seu texto, pois é uma necessidade conhecer a regra para poder ser um grande botonista.
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