por Rangel
Das Crônicas da AFUMECA
As crônicas da AFUMECA, surgiram a partir da velha mania que nós
botonistas temos de "humanizar" nossos botões. Tudo começou quando o
Dado (Luiz Eduardo Delgado) começou a fazer comentários após os seus jogos, via
e_mail, colocando características humanas nos botões. Diga-se de passagem que o
time de botões do Dado, o Santa Tecla, existiu em Capão do Leão, próximo Pelotas
no RS, e veio para as mesas porque o Dado encontrou uma foto antiga da equipe
em que seu pai, já falecido, fazia parte do time.
Na escalação do Santa Tecla do Dado, além do seu pai estão seus amigos,
inclusive o craque da época, Catita. Pois bem, conforme o dado ia enviando os
e_mails, retratando a realidade e os lances das partidas, eu ia respondendo ou
"retrucando", estendendo e fantasiando os comentários para
acontecimentos extra campo, especialmente envolvendo o jogador Catita, craque
dos gramados que se tornou um pseudo-craque do futmesa.
Catita, do Santa tecla é o personagem central das
Crônicas da AFUMECA
Para quem gosta de um pouco de fantasia, especialmente a de colocar vida
nos botões, divirtam-se com uma de nossas “estórias”!
Sol a pino e o adversário cai de quatro
Na Taça Libertadores da AFUMECA, edição 2010, numa chave de sete
técnicos, onde classificavam-se três para a fase final, O Dado e o Deco, mais
experientes, eram apontados como favoritos à classificação e os outros, na
maioria "marinheiros de primeira viagem", brigariam pela terceira
vaga. Acontece que o Dado começou muito mal, perdendo as duas primeiras
partidas, verdadeiras "zebras", que colocaram em risco sua
classificação. Com estes resultados Dado foi para o terceiro jogo correndo
risco de perder a vaga...
Na boca do túnel o capitão do Santa Tecla chama seus companheiros e diz:
"Gurizada, o jogo só termina quando acaba!". Foi assim que, após
ouvir do técnico a evocação da "alma uruguaia", dos tempos em que
treinava o Peñarol, o Santa entrou em campo.
Além do ânimo dos jogadores o Santa contou com um erro do nutricionista
da equipe adversária que ofereceu o almoço para os jogadores muito próximo ao
horário do jogo. Os próprios jogadores do Santa perceberam: “Os caras tavam
meio sonolento e dai fomos pra cima”, disse Francisco.
Com o sol a pino, um calor infernal e o adversário com sono, não deu
outra, o placar mesmo que elástico, como sempre, não contou toda a história do
jogo.
Liberado pelo departamento médico e tendo uma atenção especial da
diretoria que contratou o Dr. Hélio, psicólogo especialista em psicologia
esportiva, Catita voltou a reinar no tablado e mesmo tendo perdido várias
oportunidades de gol voltou a marcar e alegrar a torcida santistateclense.
Mesmo tendo várias oportunidades de gol e com o centroavante João, infernizando
a zaga com suas bolas de rebote, o lance mais bonito coube a Edir que,
correu de sua área até o meio campo e acertou um petardo que explodiu no poste
direito da meta adversária. Até o silencio se calou para escutar a ressonância
do "timmmmmmmmm” que a pelota fez em seu contato com o ferro frio.
Assim foi o time do Santa Tecla no dia de hoje.
Após o jogo a delegação foi almoçar, seguindo as recomendações de sua
nutricionista, evitando exageros, já visando o jogo decisivo no dia seguinte.
Catita ao ver seu prato de salada já foi logo reclamando cheio de razão: “Vamo
para de frescura, eu quero é massa!” Após a reclamação Catita foi imediatamente
atendido pelos garçons. Mas pode? Pode, pro Catita pode!
E o placar? Ah sim! O placar foi 4 x 0 para o Santa Tecla!
Catita o pseudo-craque
É, mas “nem tudo está tranquilo no reino da Dinamarca”, dizem as más
línguas que após a vitória o “pseudo-craque” Catita se emocionou com o “aue”
pós jogo e literalmente “caiu na gandaia”. Algumas pessoas garantem ter visto o
jogador acompanhado de quatro mulheres em seu “fusca milidu”, em alta
velocidade pela Avenida Brasil, na noite após o jogo. Se não bastasse, dizem
também que ele, completamente embriagado, estava sem roupas e andava com a
cabeça para fora da janela do veículo gritando: É nóis!!! É nóis na primeira e
Dilma presidente!!!” Alguns transeuntes indignados jogaram objetos no jogador
que inclusive está com um corte no supercílio. No dia seguinte, pela manhã,
visivelmente abatido, utilizando óculos escuros, de fazer inveja, o jogador
respondeu o seguinte: “É tudo mentira!!! Passei a noite com a minha mãe que está
doente, coitadinha... E vocês ficam inventando história. Assim não dá pra ser
feliz!!!” Em relação ao corte no supercílio o jogador garante: “Ué!!! Vocês não
lembram do Roberto Jeferson? Então, foi a mesma coisa! Fui pegar um remédio pra
mamãe numa gaveta do armário, resvalei e acertei na quina!!!” A diretoria, como
sempre, protegeu o jogador e o técnico confirmou sua participação no próximo e
decisivo jogo do Santa.
Santa Tecla atropela "Tropa de Elite"
"Depois da tempestade vem a bonança" (B-o-n-a-n-ç-a? Que
palavra safada. Se escreve com "z" ou com "s"? Que nada, é
com "'ç" mesmo), o ditado se cumpriu mais uma vez. Passada a ameaça
de desclassificação na primeira fase da Taça Libertadores, o Dado veio
com tudo para a fase final e, depois de três vitórias consecutivas, chegou a
vez de jogar contra mim. Uma vitória do Santa Tecla confirmaria a excelente
fase e colocaria Dado como candidato ao título. Eu, com o Vaco, vinha
atropelando todo mundo, não havia levado nenhum gol em dez partidas e era
franco favorito na partida e no campeonato...
Que jogo! Aos 5 minutos o placar marcava Vasco 2 x 0 Santa Tecla. O
começo fora tumultuado devido a uma escolha equivocada das travas das chuteiras
que proporcionaram dois chutes, muito bem aproveitados pela equipe vascaína. O meu
erro pensar que seria mais uma goleada. O Santa, por sua vez teve tranquilidade,
foi reposicionando-se em campo e com uma roubada de bola magistral de
Catita, com direito a balãozinho no adversário, começou a reação. Depois da
roubada de bola, Catita passou para Galego que vindo de seu campo em um chute
cruzado marcou aquele que seria o primeiro gol sofrido pelo técnico Rangel no
campeonato. O Santa ainda marcou mais dois gols e o adversário, não acostumado
a jogar no prejuízo, desestabilizou-se. Com tranquilidade e uma exibição
perfeita do goleiro Natálio, o Santa levou o jogo para o campo do time
adversário deixando o tempo passar.
Placar final Santa 3 x 2 Vasco.
Após o jogo mais uma de nosso pseudo-craque... Catita foi visto na
noite, após a partida, numa “boite”, emocionado com a vitória e aprontando das
suas. Segundo informações ele foi parar na delegacia, completamente embriagado.
Os policiais, inclusive, tiveram dificuldades de conter o atleta. O delegado de
plantão comentou também que, no auge de seu êxtase, Catita gritava: “É nóis!!!
Domingo foi o Serra hoje foi o Rangel!!! A Libertadores é nossa!!! (O jogo foi
no sábado após as eleições de 2010, quando Dilma venceu Serra).
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Catita tentou resistir a prisão mas acabou
mesmo dormindo na DP
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Amanhã teremos:
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O Santa Tecla F.C. ainda existe no Capão do Leão e irá fazer 100 anos no dia 3 de março de 2015.
ResponderExcluirCom muita alegria eu soube que ele está muito bem representado no futebol de botão. :-)