segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Paraná Sobremesas











por Rangel



Das Crônicas da AFUMECA

As crônicas da AFUMECA, surgiram a partir da velha mania que nós botonistas temos de "humanizar" nossos botões. Tudo começou quando o Dado (Luiz Eduardo Delgado) começou a fazer comentários após os seus jogos, via e_mail, colocando características humanas nos botões. Diga-se de passagem que o time de botões do Dado, o Santa Tecla, existiu em Capão do Leão, próximo Pelotas no RS, e veio para as mesas porque o Dado encontrou uma foto antiga da equipe em que seu pai, já falecido, fazia parte do time.



Na escalação do Santa Tecla do Dado, além do seu pai estão seus amigos, inclusive o craque da época, Catita. Pois bem, conforme o dado ia enviando os e_mails, retratando a realidade e os lances das partidas, eu ia respondendo ou "retrucando", estendendo e fantasiando os comentários para acontecimentos extra campo, especialmente envolvendo o jogador Catita, craque dos gramados que se tornou um pseudo-craque do futmesa.



Catita, do Santa tecla é o personagem central das
Crônicas da AFUMECA

Para quem gosta de um pouco de fantasia, especialmente a de colocar vida nos botões, divirtam-se com uma de nossas “estórias”!

Sol a pino e o adversário cai de quatro

Na Taça Libertadores da AFUMECA, edição 2010, numa chave de sete técnicos, onde classificavam-se três para a fase final, O Dado e o Deco, mais experientes, eram apontados como favoritos à classificação e os outros, na maioria "marinheiros de primeira viagem", brigariam pela terceira vaga. Acontece que o Dado começou muito mal, perdendo as duas primeiras partidas, verdadeiras "zebras", que colocaram em risco sua classificação. Com estes resultados Dado foi para o terceiro jogo correndo risco de perder a vaga...  
Na boca do túnel o capitão do Santa Tecla chama seus companheiros e diz: "Gurizada, o jogo só termina quando acaba!". Foi assim que, após ouvir do técnico a evocação da "alma uruguaia", dos tempos em que treinava o Peñarol, o Santa entrou em campo.
Além do ânimo dos jogadores o Santa contou com um erro do nutricionista da equipe adversária que ofereceu o almoço para os jogadores muito próximo ao horário do jogo. Os próprios jogadores do Santa perceberam: “Os caras tavam meio sonolento e dai fomos pra cima”, disse Francisco.
Com o sol a pino, um calor infernal e o adversário com sono, não deu outra, o placar mesmo que elástico, como sempre, não contou toda a história do jogo.
Liberado pelo departamento médico e tendo uma atenção especial da diretoria que contratou o Dr. Hélio, psicólogo especialista em psicologia esportiva, Catita voltou a reinar no tablado e mesmo tendo perdido várias oportunidades de gol voltou a marcar e alegrar a torcida santistateclense. Mesmo tendo várias oportunidades de gol e com o centroavante João, infernizando a zaga com suas bolas de rebote, o lance mais bonito coube a Edir que, correu de sua área até o meio campo e acertou um petardo que explodiu no poste direito da meta adversária. Até o silencio se calou para escutar a ressonância do "timmmmmmmmm” que a pelota fez em seu contato com o ferro frio.
Assim foi o time do Santa Tecla no dia de hoje.
Após o jogo a delegação foi almoçar, seguindo as recomendações de sua nutricionista, evitando exageros, já visando o jogo decisivo no dia seguinte. Catita ao ver seu prato de salada já foi logo reclamando cheio de razão: “Vamo para de frescura, eu quero é massa!” Após a reclamação Catita foi imediatamente atendido pelos garçons. Mas pode? Pode, pro Catita pode!
E o placar? Ah sim! O placar foi 4 x 0 para o Santa Tecla!

Catita o pseudo-craque

É, mas “nem tudo está tranquilo no reino da Dinamarca”, dizem as más línguas que após a vitória o “pseudo-craque” Catita se emocionou com o “aue” pós jogo e literalmente “caiu na gandaia”. Algumas pessoas garantem ter visto o jogador acompanhado de quatro mulheres em seu “fusca milidu”, em alta velocidade pela Avenida Brasil, na noite após o jogo. Se não bastasse, dizem também que ele, completamente embriagado, estava sem roupas e andava com a cabeça para fora da janela do veículo gritando: É nóis!!! É nóis na primeira e Dilma presidente!!!” Alguns transeuntes indignados jogaram objetos no jogador que inclusive está com um corte no supercílio. No dia seguinte, pela manhã, visivelmente abatido, utilizando óculos escuros, de fazer inveja, o jogador respondeu o seguinte: “É tudo mentira!!! Passei a noite com a minha mãe que está doente, coitadinha... E vocês ficam inventando história. Assim não dá pra ser feliz!!!” Em relação ao corte no supercílio o jogador garante: “Ué!!! Vocês não lembram do Roberto Jeferson? Então, foi a mesma coisa! Fui pegar um remédio pra mamãe numa gaveta do armário, resvalei e acertei na quina!!!” A diretoria, como sempre, protegeu o jogador e o técnico confirmou sua participação no próximo e decisivo jogo do Santa.


Fusca "milidu" do Catita visto logo após o jogo saindo do Canário

Santa Tecla atropela "Tropa de Elite"

"Depois da tempestade vem a bonança" (B-o-n-a-n-ç-a? Que palavra safada. Se escreve com "z" ou com "s"? Que nada, é com "'ç" mesmo), o ditado se cumpriu mais uma vez. Passada a ameaça de desclassificação na primeira fase da Taça Libertadores, o  Dado veio com tudo para a fase final e, depois de três vitórias consecutivas, chegou a vez de jogar contra mim. Uma vitória do Santa Tecla confirmaria a excelente fase e colocaria Dado como candidato ao título. Eu, com o Vaco, vinha atropelando todo mundo, não havia levado nenhum gol em dez partidas e era franco favorito na partida e no campeonato...   

Que jogo! Aos 5 minutos o placar marcava Vasco 2 x 0 Santa Tecla. O começo fora tumultuado devido a uma escolha equivocada das travas das chuteiras que proporcionaram dois chutes, muito bem aproveitados pela equipe vascaína. O meu erro pensar que seria mais uma goleada. O Santa, por sua vez teve tranquilidade, foi  reposicionando-se em campo e com uma roubada de bola magistral de Catita, com direito a balãozinho no adversário, começou a reação. Depois da roubada de bola, Catita passou para Galego que vindo de seu campo em um chute cruzado marcou aquele que seria o primeiro gol sofrido pelo técnico Rangel no campeonato. O Santa ainda marcou mais dois gols e o adversário, não acostumado a jogar no prejuízo, desestabilizou-se. Com tranquilidade e uma exibição perfeita do goleiro Natálio, o Santa levou o jogo para o campo do time adversário deixando o tempo passar.
Placar final Santa 3 x 2 Vasco.



Na boite, Catita até caiu tentando dançar no "queijinho"

Após o jogo mais uma de nosso pseudo-craque... Catita foi visto na noite, após a partida, numa “boite”, emocionado com a vitória e aprontando das suas. Segundo informações ele foi parar na delegacia, completamente embriagado. Os policiais, inclusive, tiveram dificuldades de conter o atleta. O delegado de plantão comentou também que, no auge de seu êxtase, Catita gritava: “É nóis!!! Domingo foi o Serra hoje foi o Rangel!!! A Libertadores é nossa!!! (O jogo foi no sábado após as eleições de 2010, quando Dilma venceu Serra).


Catita tentou resistir a prisão mas acabou mesmo dormindo na DP
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Amanhã teremos:




Um comentário:

  1. O Santa Tecla F.C. ainda existe no Capão do Leão e irá fazer 100 anos no dia 3 de março de 2015.

    Com muita alegria eu soube que ele está muito bem representado no futebol de botão. :-)

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