por Pedro Hallal
O
Brasileiro de Aracaju foi definitivamente um campeonato atípico. Espetacular,
mas atípico. Ou alguém (sóbrio!) consegue imaginar um campeonato com Rodolfo
(ES) eliminado na primeira fase? Alguém poderia imaginar Zilber (RS) batendo em
Aldemar (RN) e Osmar (RS) batendo em Franklin (RN) na mesma hora? Quem, de sã
consciência, poderia acreditar em Pedrinho fazendo seis pontos numa chave com
Aldemar (RN) e Rogério Lima (BA)? Digam, quem poderia acreditar que um amistoso
entre Tiago (RN) e Ivo (BA) teria uma arbitragem tão dedicada de Dr. Degani
(RS)? Realmente Aracaju foi um campeonato atípico.
Equipes
O
desempenho do Rio Grande do Sul foi abaixo das expectativas. A ausência de
última hora da AFM Caxias certamente prejudicou o estado. A ARFM, vice campeã
no ano passado, perdeu para a Baiana entre os oito. A Academia também perdeu
para a Baiana, mas entre os 16 – Osmar e Zilber tiveram a chance de mandar
Diógenes e sua equipe para casa, mas a bola insistiu em não entrar. O título
ficou com a ACRA, comandada por Dudu, que venceu todos os jogos decisivos. Na
final, Danilo achou um gol salvador contra Magno, garantindo o título aos
baianos. O Amigos (SE) perdeu na final, mas fez uma campanha irretocável. O
destaque da competição ficou com o minuto de silêncio (substituído por palmas)
em homenagem a Tovinho, eterno botonista da Lapinha (BA).
Master
Nasceu!
Mesmo mais quieto do que em outras vezes, Batatinha (BA) conquistou mais um
título. E olha que no primeiro jogo, Figueira (RS) venceu Batatinha por 2x0.
Mas Figueira não conseguiu superar Adeolito no primeiro confronto de mata-mata.
E Batatinha seguiu pelas beiradas, ganhando de todo mundo e conquistando mais
um título.
Sênior
Ganhou
o melhor. Com toda a simplicidade do mundo, dá para resumir o campeonato sênior
em uma frase. Rodrigo Aboudib (ES) é hoje, ao mesmo tempo, o melhor e mais feio
jogador sênior do país. No caminho, Rodrigo mais uma vez bateu em seu pobre
irmão Sérgio, mais fraco nas mesas, mas bem mais bonito, especialmente com seu
novo cabelo. O vice campeonato ficou com a Bahia, mas destaque entre os baianos
foi o terceiro colocado: Fábio Lustosa. Com seu marcante berro “O Bug do
Milênio”, Mestre Lusta quase beliscou mais um título. Mais uma vez os gaúchos
decepcionaram. O ex-campeão Zilber apanhou de Carlson, seu vice campeão em
2013. Sérgio Oliveira errou 321 chutes a gol e acabou eliminado também. Os
demais foram caindo ainda na fase de grupos.
Especial
Aqui
sim o Rio Grande do Sul fez bonito. Mas deixemos isso para o final. O estado
saiu bastante prejudicado com a ausência de Maciel, nosso vice campeão da Copa
do Brasil. Esperamos desde já que Maciel esteja em Maceió no ano que vem.
Augusto Nedel também decepcionou, apanhando de tudo e de todos. O mediano
Carraro até que conseguiu ir longe. Pedrinho fez campanha de Diógenes na
primeira e segunda fase, mas jogou como Pedrinho no mata-mata. Entre os oito,
chegaram Rodalles, Silvio, Degani e Mário. Rodalles não aguentou o volume de
jogo de Ivo e perdeu por 3x0. Silvio fez ótima partida, mas não conseguiu fazer
o gol que precisava em Franklin, jogando com a desvantagem. Mas dois gaúchos
conseguiram chegar as semifinais.
Alex
Degani reverteu a vantagem contra o ex campeão Flávio Lisa, mesmo na casa do
adversário. Mario Cachaça deu sorte no sorteio e enfrentou Tiago (RN), ainda
mais com a vantagem do empate. Não deu outra. Nas semifinais, dois dramas, um
para cada gaúcho. Alex Degani precisava ganhar de Ivo, e começou bem o jogo,
fazendo o gol logo no princípio. No entanto, o jogo foi dificultando, dificultando,
até que no último lance Alex deu dois toques para Ivo. E foi nesse momento que
Gabriel atrapalhou a concentração de Ivo, comemorando antes da hora. Ivo então
errou o passe e sequer conseguiu chutar a gol. Degani na final.
Na
outra semifinal, Mario saiu perdendo para Franklin, buscou o empate, tomou mais
dois gols, descontou de novo e teve a bola para empatar no último chute. O
empate que garantiria uma final gaúcha. Mas o chute saiu fraco, explodindo no
peito do goleiro de Franklin. Mario, mesmo com uma bela campanha, ficou de fora
da final.
Na
final, Franklin jogava pelo empate, e desde o começo deixou claro que para
Degani ganhar teria que fazer um golaço. Franklin se recusou a deixar chute
fácil para Degani. Nas poucas chances que teve, Degani não conseguiu o gol. No
final, Franklin teve duas chances de cara, mas não conseguiu converter.
A
reflexão que fica no final da coluna é: tanto Alex quanto Franklin são dois dos
maiores chutadores do Brasil. No entanto, nenhum dos dois chutou como normalmente
nesse brasileiro. E mesmo assim fizeram a final: imagina quando estiverem
chutando bem...
Belo relato...mas uma pergunta fica no ar...já acharam Maciel??? kkkkk...abs
ResponderExcluirParece que foi visto nas redondezas da sede da AFM Caxias, andando meio tonto, ainda atordoado de tanto gol que sofreu.
ResponderExcluir